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Epidemiologia do HPV

O HPV NO MUNDO

A infecção pelo HPV é muito comum na população brasileira e mundialmente, com taxas de prevalência variando entre as diferentes regiões geográficas, de acordo com o nível de desenvolvimento e características da população, onde a prevalência do vírus é maior em regiões menos desenvolvidas, do que em regiões mais desenvolvidas (FERNANDES et al., 2013; MUCHIRI et al., 2012).

Em  todas  as  regiões  do  mundo,  a  prevalência  da  infecção  pelo  HPV  é  mais  alta   em   mulheres   com   menos   de   34   anos   de   idade,   diminuindo   no   grupo   dos   35   a   44  anos.  Porém,  a  incidência  de  câncer  cervical  é  mais  alta  na  faixa  etária  dos  45  aos  54  anos 67,   denotando   a   latência   entre   a   infecção   pelo   HPV   e   o   desenvolvimento   do  câncer.

A incidência é variável por região geográfica, as estimativas para o ano de 2012 mostraram que as maiores taxas de incidência por este tipo de neoplasia são observadas no continente africano (27,6/100.000 hab), com destaque para as regiões Leste (43/100.000 hab) e Sul (31,5/100.000 hab); na América Central (23,5/100.000 hab), na América do Sul (20/100.000 hab); no Sul da Ásia (19,3/100.000 hab), e as mais baixas (menor de 15 por 100.000 hab) ocorrem no Oeste Asiático (4,4/100.000 hab); na Oceania (Austrália e Nova Zelândia; 5,5/100.00 hab); América do Norte (6,6/100.00 hab) e Oeste Europeu (7,3/100.00 hab) (Who, 2014). 

de   Sanjosé   S,   Diaz   M,   Castellsagué   X,   et   al.   Worldwide   prevalence   and   genotype   distribution   of   cervical   human   papillomavirus   DNA   in   women   with normal  cytology:  a  meta-­analysis.  Lancet  Infect  Dis.  2007;;7(7):453-­459.

HPV NO BRASIL

No  Brasil,  o  Instituto  Nacional  do  Câncer  (INCA)  estimou  em  16.340  o  número   de  casos  novos  de  câncer  do  colo  uterino  para  o  ano  de  2016,  o  que  gera  incidência   estimada  em  15,85  casos  novos  a  cada  100.000  mulheres. 80 Conforme  este  informe,   o   câncer   do   colo   uterino   é   o   mais   incidente   na   região   Norte   (23,97/100.000),   o   segundo   mais   incidente   nas   regiões   Nordeste   (19,49/100.000)   e   Centro-­Oeste   (20,72/100.000),   terceiro   no   Sudeste   (11,30/100.000)   e   quarto   na   região   Sul  (15,17/100.000),  sem  considerar  os  tumores  de  pele  não-­melanoma. As  diferenças   regionais  se  expressam  de  forma  semelhante  na  mortalidade  proporcional. Em  2011,   na   região   Norte,   as   mortes   por  colo   uterino   representaram   cerca   17%   de   todos   os óbitos  por  câncer  em  mulheres,  ocupando  a  primeira  posição.  No  Nordeste  ocuparam   a  segunda  posição  (9%)  e  no  Centro-­Oeste,  a  terceira  (8,7%).  No  Sul  e  no  Sudeste  o  colo  uterino  foi  responsável  por  4,6%  e  4,4%  dos  óbitos  por  câncer  respectivamente,  percentuais  correspondentes  à  sexta  posição  em  ambas  as  regiões.

o Brasil, o câncer de colo do útero é o terceiro mais comum, precedido apenas pelo câncer de pele do tipo não-melanoma e pelo câncer de mama (Inca, 2016). Entre os anos de 1979 e 2000, houve um aumento de 33,1% na mortalidade por câncer cervical (Rosemblatt et al., 2005)

 

INCA.  Instituto  Nacional  do  Câncer.  Incidência  de  câncer  no  Brasil 2014.   Available  at:  http://www.inca.gov.br/estimativa/2014/sintese-­de-­resultadoscomentarios.asp.  

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